pompéia/ itália/ arquivo pessoal
mantenha distância
era a placa invisível pregada em seu peito
mas não obedeci e fiquei perto
toquei em sua pele em seus cabelos
e descobri que não tinha alma nem alegria
mantenha distância eu sabia disso
e me mantive ainda agarrada ao seu sorriso de estátua
me mantive agarrada ao sonho que um dia iria mudar
e fazer você vomitar alguma emoção
naquela noite tomamos uma garrafa de uísque
e percebi alguma coisa saindo de seus olhos
alguma tristeza perdida alguma melancolia
por um momento
mas quando vomitou era apenas a bebida azeda
que seu estômago não absorveu
sua alma estava pra sempre perdida em algum inferno
e mantive distância de você de mim de tudo de todos
5 comentários:
[maior a distância
que no outro,
se percorre duma ponta a outra,
dentro de nós.]
um imenso abraço, Adriana
Leonardo B.
nunca existe navegação tranquila mesmo à distância, o vento e as velas e os sargaços imantam um peito de temporais, há que se beber o inferno nos dias,
beijo
Adriana,
nunca conseguimos manter as distâncias; a geográfica, precisamos apenas dos pés e da vontade; a sentimental, necessitamos da alma e da oportunidade.
saudades
Visceral.
Boa construção.
John L. S.
Postar um comentário