todo o outono amarelo
e quando me alcançar
vai ver que sou o mais puro inverno
não dos trópicos
mas dos lugares mais frios da terra
terras da sibéria
não adianta me dizer para abrir as janelas
o sol me é estrangeiro
tenho em mim geleiras ancestrais
meu coração não bate
vacila descompassado
selvas do universo me rondam
e mesmo assim você vai me recriar
e me amar com tudo que sou
porque você
precisa de uma criatura só sua
mesmo inventada
mesmo com essas sombras geladas
25 comentários:
A intensidade do amor abraça invernos.
E no frio, mesmo no frio dos sentimentos ou das desilusões,há algum espaço para o aconchego.
Há sempre espaço para algum verão.
Nilson, sempre há um espaço pra algum verão! Bonito. Beijo
Marcos, não é raiva não. É só uma forma esquisita de dizer as coisas.
O eu-lírico talvez seja rebelde. Beijo
Adriana, por acaso, desculpe, não estás a compor fados??? Entretanto,mesmo na sombria luz gelada, o amor vive... bjs
Tão lindo qt melancólico.... mas achei mais lindo q melancólico.
Caio, fados? Não, mas se você acha que parece, tudo bem. Beijo
Cunhadão, valeu! Beijo
a invenção do frio ou outra ária para cumprir o rito da pele,
pensei isso, sei lá, o poema é tão, tão
beijo
vou te dar as minhas últimas estações. Vou separá-las e entregá-las em pequenos envelopes.
Escreverei dentro delas lembranças reinventadas por nós.
E quando chegar no verão, receberás o abraço quente, mesmo que a tua derme esteja gelada...
Lindos versos...
Beijos
Coisa mais bonita...nem sei o que dizer, talvez que estive aqui, levei tuas estações e deixei um pouquinho do outono aqui do sul...
Bjo, lindo, lindíssimo!
Assis, gostei da sua "invenção. Beijo
Suzana, bonito isso que escreveu. Brigada. Beijo
Daniela, o sul me agrada e o vento gelado. Um beijo
Massa, Adri.
Bj
Buenas, beijo.
↓
"... sei o que fizeste
no verão passado!"
De ESTAÇÃO em estação... VI...agens!
:o)
Tonho, se sabe, então você pode entender...Beijo
apesar da idéia poética ser o frio, a geleira e o inverno, no fundo pulsa um coração sedento, vivo e descompassado, não bate, mas pulsa. A sua verve poética dilacera, corta e envolve. Parabéns, menina, parabéns!
Mauro, fico feliz com seu comentário.
Obrigada memsmo. Beijo
Adriana querida, belo, muito belo, mesmo sideralizada, beijo.
Oi, Luciano, poeta querido,
um beijo.
Adriana,
duca.
Imagens lançadas ao sabor de uma escrita cortante.
Gostei muito.
Beijos.
Oi, Betina
Bom que gostou! Beijo
tempos voltam
revoltam-se
são tantos e tantos volteios
e o seu texto é muito bom
Bardo, é bom que sempre volte. Beijo
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