queria não ter essa cara amassada
esses olhos cansados
e o coração estranho
queria ser o que não fui
mas sou o passado
com o corpo podre e gasto
mas gosto de abrir a janela
e ver essas manhãs frias de junho
me batendo nos cabelos
ainda posso ouvir os stones
dylan joplin tom e chico no sofá de casa
fumar o meu cigarro sem grilhões
e beber meu vinho sossegadamente
parece que o caminho para a morte
pode ser mais doce em dias como esses
esses olhos cansados
e o coração estranho
queria ser o que não fui
mas sou o passado
com o corpo podre e gasto
mas gosto de abrir a janela
e ver essas manhãs frias de junho
me batendo nos cabelos
ainda posso ouvir os stones
dylan joplin tom e chico no sofá de casa
fumar o meu cigarro sem grilhões
e beber meu vinho sossegadamente
parece que o caminho para a morte
pode ser mais doce em dias como esses
43 comentários:
Adri Godoy,
o passado nem sempre nos condena...sim, o caminho para morte pode ter gosto.Lindo!
Algumas escolhas de tons e semi-tons podem ajudar numa breve parte de nossa história.
Muito bom, Dri!
Beijão!
Através de sua poesia, todos os caminhos podem ser doces. ;) Belíssimo, Dri!
Beijos
O mal da vida
é que na entrada
se engendra a saída
Uma verdade absoluta em torno da qual giram todas as verdades relativas, parciais e controversas que nos acossam. Só resta viver o que nos parece o lado bom da coisa, já que ele existe.
Beijo e obrigada pela mensagem.
Ando abrindo janelas parecidas... Lindo, Adriana. beijo.
Que somos sem sua poesia, DRI!
Esta escancara vida e morte, tão docemente em sua poesia,
Belo demais!
Beijos
Mirze
Olá Adriana,
"O que somos hoje e o que seremos amanhã depende de nossos pensamentos".
Bonito seu poema,
abçs
Ana Lgo.
que coisa maravilhosa, querida. eu vou ellenizar. ah, vou sim :)
beijos.
Oi Adriana,
belo poema com um tom melancólico bem delineado em versos de puro lirismo e sentido existencial ! A tela do Rafael é linda também... Bj com carinho.
Lembrei-ne logo do Retrato de Cecília Meireles - "Eu não tinha este rosto de hoje..."
Vivemos sempre em busca da face perdida, como se fôramos mais quando fôramos passado. Mas a vida é urgente - e a sua poesia mostra bem essa urgência da vida. Gostei de ler. Fez-me bem.
Um grande abraço.
Bem ao seu estilo, não?
Não a conheço, Dri,
mas acredita
que já lhe criei
uma imagem? : )
Beijo,
doce de lira
Dri Godoy,
É um caminho aplainado.
[Rafael Godoy também manda muito bem!].
Um beijo.
Abra as janelas, deixe o sol entra.
Viva um dia de cada vez. Esqueça o passado.
Não pense que acho fácil, mas tento.
Grande bj.
Rss, acho que voce acertou
mas foi muito generosa, ao corpo
que não merece este talento tão
água parada ao devir que não pára
e ainda bem que é inverno
e não é o primeiro, levanta daí
Já não existe apenas sonhos
sobre as asas da pan air
Existem sensações, muitas, demais e
depois de um tempo, não se espera
por quem fica esperando, e só não
se pode ficar brincando, ou enruga
Quanto custa a caninha?
Sem beber
prefiro pagar, porque
sempre só paguei para sofrer
Não suporto tanta oscilação
entre dor e prazer
quando de graça
AHHH! essa melancolia que so a drika sabe manipular...
AH!que doce veneno da lembranca de nos fazer lembrar.
(Ate rimou )rs
drika bitinik com cafe e sempre bom.
drika nililista com cigarro... e melhor ainda!kkkkkkk
beijos pra ti amoreco! ADOREI!
Anita.
Sempre há um caminho leve sem pressa ou tentativas condensadas. Onde o sentir tem gosto de dois, cheiro e vinho.
Bjs moça!
Adriana,
as estações do ano parecem um termômetro externo que nos transformam em alpinistas, ora estamos no topo ora nos vales. A morte nunca muda depende da altura que nos encontramos na montanha.
Mas é muito bom pensar a morte pode ser mais ou menos doce. Que bom!
Mauro Lúcio de Paula
Leve, leve esse Dri! Chico pediu pra te falar que concorda, sente e percebe como você!!!!????... Só mudaria pra cerveja e não fuma mais...
O estudo do Rafa, está ótimo, parece até que foi feito pro texto!
Andrea
há vinhos delicadamente sossegados que, com boa música, compõem a doçura dos dias amenos.
O caminho para a morte é o único que seguimos conscientes.
Sigo a tua poesia!!!
Bjos
pode até ser, mas também pode ser amargo e bem cruel.
bj
Dri
Estas manhãs frias de junho aquecem até os mais gélidos caminhos. Vale a pena abrir a janela... apesar de tudo!
Bjs
Dri, voltei para dizer que o "rascunho em folha de caderno" do Rafael ficou demais! Um obra de arte em folha de caderno...
Casamento perfeito com o teu "Doce Caminho"!
Agora fui...
lindo ,adriana! e a poesia passeou
no tempo,no passado,na história.
tem janela...paisagens...cheiros e
sons.
e...sonhos!
e...no sofá do rafa...tudo é possível!
bjos nos dois
Adriana querida poeta, nesses tempos de angústia...Acertou em cheio com uma receita muito especial, na hora H, é preciso ter classe, coragem e poesia, se houver tempo... Beijo.
A todos vocês, e eu sei de cada um, um por um, um beijo. Como valem seus comentários!
"parece que o caminho para a morte
pode ser mais doce em dias como esses"
Considerando que a vida é sempre o caminho para a morte, só me resta concordar com você, Adriana.
O Guache do Rafael é ótimo, assim como o poema, que parece ter sido inspirado por ele.
Beijos
↓
Somos formigas carregando doçuras
pelos caminhos!
Um doce "DRInque"...
...descanse em paz...
foi bom te ler
bj
adriana,
ler seus poemas é sempre um prazer renovado...
este, embora triste, carrega aquuele lirismo de sempre, meio manuel bandeira em pneumotorax- suave, doído, muito zen, eu penso...
lindo!
grande abraço,poeta, e obrigado peor estar sempre os textos que "cometo"
danilo
ddigo, por estar sesmpre lendo os textos
Oi, Adriana.
Gostei desse pema, do teor, da reflexão e do otimismo que "enterra" o tom inicial, meio macambúzio (desenterrei esta palavra! rs...).
Ótima trilha sonora, com sofá, vinho e um clima ameno, é ótimo. Minha visão de morte com certeza precisa ser abrandada, mas é trabalho que se faz paulatinamente. Haja análise.
Gostei do seu blog, também, e obrigado por ir lá ao meu. Já vou lendo aqui e sou seguidor. Segue lá também, vai? Dá ibope! (rs...) "Quem escreve quer ser lido" - frase de uma amiga minha, Eugênia Fraietta, do blog bichodesetecabeças, e eu complemento a frase dela "...comentado e seguido". Nada como duas cabeças penando, né? (rs...)
Beijo grande,
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
A morte, como você a retrata, é vida. Em seus lábios, ela é cálida e desejável. Em sua pena, é pura poesia.
Abração de duas asas!
Na sua doçura, até a lembrança do que não queremos torna-se adorável.
bjs.
(um bom segredo) para um (bom) caminho para a morte
talvez seja justamente esse
: gostar de abrir a janela.
Muito, muito bom texto, Adriana.
Gostei imenso.
Um bjo,
Talita
História da minha alma.
: abrir a janela
e beber do vento
e ouvir a música das pedras
(sejam quais forem).
(Se o fim é inexorável,
que a vida também o seja
nas suas nuances agridoces.)
gostei do blog.
essas imagens do rafael godoy são geniais!!! foda! de brilhar os olhos
Adriana, gostei tanto, tanto. Belo poema. Belo retrato de vc mesma. Bj
Bonito!
Abraço, Adriana!
"ainda posso ouvir os stones
dylan joplin tom e chico no sofá de casa
fumar o meu cigarro sem grilhões
e beber meu vinho sossegadamente"
Isso nos faz o sangue circular com mais paixão. E rejuvenece.
Lindo
Beijo, Adriana!
não ha solidão para poeta, estavas aqui acompanhada do chico, dylan, janis e a si, mlehor companhia não há.
Gostei do que vi aqui.
Estou seguindo e convido:
www.espacointertextual.blogspot.com
a galera me exige publicação
deveriam exigir isso de você
adriana
(eu exijo!)
bj.
p.s.:
livro com umas ilustrações do seu filho, é claro...
embora o principal seja é claro a sua poesia.
Postar um comentário