Disseram que eu não tinha nada a dizer naquela noite
Disseram que era melhor eu me calar
E me deitar fechar as janelas
E esquecer tudo no sonho
Mas eu vi e ouvi coisas que só os anjos ouvem
Naquela noite deslizei sobre as cabeças
E pude entender cada um que estava ali
Percebi quem eram aquelas pessoas
Conheci seus jogos e as cartas que tinham
Ouvi coisas que não falaram
E músicas que não cantaram
Sonhei seus sonhos abissais
Olharam para mim e viram olhos assustados
Assustados ficaram com meus olhos
Disseram para eu me calar
Mas eu não falava
Meus olhos diziam o que eles eram
Disseram que era melhor eu me calar
Fechar as jenelas e esquecer tudo no sonho
Mas meus olhos não dormiam
6 comentários:
" fechar as janelas e esquecer tudo no sonho".
Muito bonito. Lembrou-me um conto do Caio Fernando Abreu, agora não me lembro do nome.
Abração e força,
Daniel
" fechar as janelas e esquecer tudo no sonho".
Muito bonito. Lembrou-me um conto do Caio Fernando Abreu, agora não me lembro do nome.
Abração e força,
Daniel
O mundo de superficialidades nos conduz em direção ao silêncio e à covardia.Como permanecer indiferentes? O poder da sua poesia permanece de olhos abertos, sem sono, isso é ótimo...Grande abraço.
é de sonhos que também se vive...
misterioso, ele chega como não quer nada e embarcamos para bem longe, onde nada pode nos alcançar.
fico puto quando acordo!
bj
Muito bom. Grande abraço.
Bonita, sua poesia.
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