A chuva veio e não fechei as janelas
as ruas estão alagadas e as pessoas cinzas
há alguns guarda-chuvas esquecidos
ninguém procura por eles
A água entrou e molhou meu livro de cabeceira
as páginas ficaram enrugadas
como o rosto da velha que toma chá
com os retratos amarelados em sua sala
A chuva molhou um guardanapo de papel
em que tinha escrito um poema
sobre o dia em que você se foi
esse dia era azul com cheiro de jasmim
Olhei a chuva entrando e não fechei as janelas
deixei que ela molhasse meu rosto e meus cabelos
os guarda-chuvas ali esquecidos
e os panos de chão pendurados no varal
13 comentários:
"as ruas estão alagadas e as pessoas cinzas"
amei seu blog,voltareei!
;*
Adriana,
Belo poema!
Lembrei de muitas coisas já 'quase' esquecidas pelo tempo.
Bj
Capeta!Poeta capeta escondida. Tem tempos que não vinha nesse blog e agora, agora, tem essa poesia dúcarai. Ah! Bjo!
Adriana,"que a chuva caia, que a chuva traga alívio imediato...",tocante, belo poema, abraço.
Ô, gente, valeram os comentários. "Bom demais da conta". Expresão de mineiro. Beijo.
ExpreSSão!!!
Esse poema me lembrou cenas que já vivi
Muito bom. Beijo. R.B.
Belíssimo poema.
Puta merda, agora cê foi fundo primova!!!
Amei!
Às vezes é preciso deixar que a chuva entre.
Belo poema.
Dridri, o blog tá bombando, hein? Você merece, minha flor negra! Beijos da Monstra.
Muito singelo, muito sincero e muito bonito.
Gostei bastante. Também gosto de usar imagens relaciondas à água.
Abração,
Daniel
um belo poema renovare
Postar um comentário