foi bom te ver com esses olhos que já me olharam na esquina onde eu às vezes tomava cerveja. você estava mais velho e mais triste e brincava com um cachorro que ficava por ali. tinha ainda um jeito de menino. fiquei te olhando como um filme, querendo dizer alguma coisa. você me viu esquecida de mim. falou algo sobre os dias lindos de inverno. depois veio o silêncio e o pôr-do-sol, a rua, o movimento repentino, o asfalto negro e novo, os prédios acesos, o céu escuro, vazio de estrelas. eu estava na esquina no sábado à tarde e vi seus olhos de novo. agora é noite, agora só a fumaça dos carros, e te vejo como um deus inacessível e estranho.
29 comentários:
um cíclico desespero romântico que só em ti se repete!
AMOOOO!!!
beijokas, dri.
Belo texto, Godoy!
Sua prosa é poesia, sua poesia é prosa. Nos banha com enorme beleza, mesmo quando "é noite" e há "um deus inacessível e estranho".
Lindas imagens, amei!
Beijo,
H.F.
Ler esse teu texto me trouxe uma sensação de fugacidade, volatilidade diante da vida. Um vazio tão grande quanto o do céu sem estrelas. Gostei. Posso te seguir?
↓
Doce delírio, li e rio...
be:)os!
Concordo com a Hercília,
sua prosa é poesia, sua poesia é sua prosa. E todo o seu texto é o espelho de que precisamos para nos vermos melhor.
bjs.
Cynthia
DRI!
Demais essa prosa poética! Chega a emocionar e nos transportar para o local do encontro!
Beijos
Mirze
dri, amei a tua propoética, mais beat que nunca, deliciosa como sempre.
e eu vejo os teus olhos em todas flores amarelas. como pólen e alongamento dos meus.
carcarah?
beijos.
...e me levou a passear...no tempo do ontem ...do hoje.
..e me levou a enxergar olhos e mutações...e um alguém inacessível!
legal adriana!
bjo
taniamariza
Adriana,um show! Transportei-me em sonhos e dos mais leves, vendo algo fugindo entre meus dedos.Há quem duvide, mas existem coisas inacessíveis mesmo, beijo querida.
a lembrança dos olhos ficou na esquina, na cerveja.
"agora só a fumaça dos carros"
...capenga ontem teve aqui
capenga ontem teve aqui
deu dois merréis pra mamãe
deu dois merréis pra papai
o que tem para mim?
quando eu entrar você entra
quando eu sair você sai
passe bem ou passe mau
mas tudo na vida é passageiro
camará...
pois é, bj
gosto muito quando escreves assim
:prosa-poética com esse fluxo de consciência repleto de sentidos e sobressaltos.
um bjo, Dri.
Talita.
Tenho que dizer que é muito bom ler os seus comentários. Isso sempre inspira e faz continuar. Beijão.
Bateu uma melancolia...Rever o inacessível...
Bom demais, Adriana.
bjs
Rossana
Todo o texto é lindo,
mas ficarei com o trecho:
"você me viu esquecida de mim."
Beijo,
doce de lira
pô, lindão!
eu tava na esquina observando tudo - kkkk...
bj
Dri
Dobrando as esquinas do tempo, mas as lembranças acompanham...
Bonito texto! Descreves sempre muito bem estas atmosferas urbanas!
Bjs
Lindo esse anoitecer.
Beijoca
Adriana,
Normalmente costumo comentar com não poucas palavras. Li, reli e senti. Daí me calei. Só o que posso dizer é que achei lindo.
Beijo grande,
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
Que beleza... E eu te vejo como uma rosa... Beijos
adriana,
tem selinho para você no on the rocks.
bj
Olá Adriana,
D+...sem palavras,
Recorda meu PASSADO.
Até mais,
Ana Lag.
Olá Adriana,
D+...sem palavras,
Recorda meu PASSADO.
Até mais,
Ana Lag.
Olá Adriana,
D+...sem palavras,
Recorda meu PASSADO.
Até mais,
Ana Lag.
Delícia, Adriana.
Um beijo.
Nós nos perdemos de nós mesmos. Perdemos o outro, porque somos outros. Viver dói.
Um beijo.
lindo e vital estranhamento - a melhor forma de tornar a si...
lindo texto...
vc é poeta que NUNCA perde a mão
me impressiono
parabéns!
Oi Adriana!
Mesmo quieto, sem comentar muito, sempre acompanho você e as meninas da Maria Clara. Vocês são demais!
Abração!
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