sexta-feira, fevereiro 26, 2010

da janela

modigliani by guga shultze



tantos dias ficava na janela
a perscrustar ruas
a sentir o peso do vento e da lua
o ar alto parado

a vida passava próxima
o corpo longe largado

um aroma mais escuro
impregnava as narinas dilatadas

animal acuado ao ver a moça
de olhos negros molhados





33 comentários:

Úrsula Avner disse...

Oi Adriana,

Belas imagens poéticas num versejar musicalizado ! Bj com carinho,

Úrsula

Úrsula Avner disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lou Vilela disse...

Ritmo e beleza compõem seu texto, Dri. Um encanto!

Bjs

Fabio Rocha disse...

Me li refletido. Muito bom o poema! Beijos

Marcelo Novaes disse...

Dri,




Que versos apresentando o lobo farejador..., no entanto acuado...

animal acuado ao ver a moça
de olhos negros molhados






Beijo.

guru martins disse...

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c
o
n
t
e
m
p
l
a
ç
ã
o
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bj

Breve Leonardo disse...

[o mundo é o nosso horizonte; as nossas janelas e portas são apenas pormenores]

um dez cem meus abraços, Adraina

Leonardo B.

aapayés disse...

ME quedo en silencio ante tus versos.. Hermosos.

¨Hermoso cuando la poesía es todo en el sentir.. nace con amor la lectura..¨ Payés

Un abrazo
Saludos fraternos..

Que tengas in buen fin de semana..

Anônimo disse...

Que lindo poema!

Essa sua força contagia, Adriana.

Beijo grande!

La sonrisa de Hiperion disse...

Un placer siempre pasar por tu espacio. Hoy sábado temprano, paseo por los blog amigos. Genial siempre.

Saludos y un abrazo enorme.

Luciano Fraga disse...

Adriana,além da beleza do verso,chega-nos a beleza tristonha da imagem, alguém que contempla a vida que passa vagarosa e entediante e também uma outra tristeza, a dos olhos molhados da moça,maravilha, beijo.

Evandro L. Mezadri disse...

Bela poesia Adriana, reflexiva, sentimental.
Gostaria que visitasse novamente minha poesia "Odor da mémoria". Sem querer perdi seu comentário.
Grande abraço e sucesso!

nina rizzi disse...

gosto demais de modigliani.
e essa poesia, hein. eu vou elleniza-la. vou sim.

um beijo.

Adriana Riess Karnal disse...

ai, Adriana, que imagem triste essa....mas de um lirismo...adorei

Talita Prates disse...

os versos finais completam lindamente o poema.
muito bonito, Adriana.

Um bjo.

Talita
História da minha alma

Wania disse...

Dri

A tristeza nunca passa indiferente...nem para quem a sente, nem para quem a vê!

Lindo olhar, teu e o da tela!

Bjs

pianistaboxeador21 disse...

Muito bonito e Modigliani é sempre maravilhoso.

Acertou, como sempre, aliás.
beijo

Renata de Aragão Lopes disse...

Pude ver a cena...
Linda!

Beijo,
doce de lira

Adriana Godoy disse...

Oi, pessoal. Estou com problemas de conexão. Obrigada pela leitura atenta carinhosa. Depois atualizo as minhas leituras. Beijos

Unknown disse...

Mais um poema com sua marca!

Belo, enigmático e triste.

Nem sempre o animal homem fica acuado ao ver lágrimas. Mas os cães ficam.

Maravilhoso!

Beijos

Mirse

tania não desista disse...

oi,dri!
olhar...quem olha da janela...pode ser instigante...interrogativo!
em alguns momentos tristes...olhei
o infinito...pela janela...chorei
...passou!
lendo seu lindo poema ,agora... sorri!
bjos
taniamariza

danilo disse...

adriana,
gosto muito dos seus poemas- sempre um olhar aguçado sobre a solidão e sobre o comportamento humano- grande abraçao-
ei, postei um texto no atipoesia - pra ddriana godoy -
espero que goste
danilo.

BAR DO BARDO disse...

Esse poema deixa a gente triste pra... Não sei por que existem o amor... e os poetas líricos...

Batom e poesias disse...

"O tempo passou a janela..."""

Seu poema é como a música: Tem letra, ritmo e dança. A gente lê e relê de tanto gostar.

Mas nem tudo se consegue ver.
bjs

Rossana

Adriana Godoy disse...

Ei, gente, não deu pra agradecer individualmente, mas saibam que cada comentário faz a diferença. obrigada mesmo. beijo.

Vinícius Paes disse...

Belo, Adriana, o poema.
Que em algumas passagens, de tão triste e solitário, se faz ambíguo. Belo.

Beijos.

Anônimo disse...

Olá

Gostei de tua poesia, encantador espaço!

Um abraço,
Geraldo.

sopro, vento, ventania disse...

Chego, aqui, à conclusão: ler você faz bem à minha alma.
beijos, querida, tudo de bom e obrigada pela atenção lá no 'solsobre'.
Cynthia

sopro, vento, ventania disse...

Pensando, aqui, sobre seu poema, e agora com um tempo para reflexão mais atenta, vejo que a delicadeza das palavras cabe oportunamente ao meu momento. Uma verdadeira percepção da dor que atinge o humano (e o não humano) em situações múltiplas.
Um beijo, Adriana,

aapayés disse...

Passo para deixar o meu habitual saudação fraterna ..
Desculpas pela minha ausência ..

Por razões não me foi possível viajar em cada um o seu blog.
Continuando com a minha viagem e espero que em breve o normal para compartilhar seus escritos ..

Un abrazo
Saudação fraterna ..

Hercília Fernandes disse...

Bela janela, Adriana.
Lindas imagens.

Beijos,
H.F.

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Por vezes se quer conhecer, explicar, decifrar... noutras basta sentir... intimista, musical, cândura triste no final...

Ianê Mello disse...

A vida vivida através do que se vê,através da janela que descortina o mundo.
Mas o mundo é mais que isso e o viver também.

Lindo poema!

Beijo grande