desenho de carcarah de noite veio um bêbado
andando no meio da rua escura e chuvosa
trombou numa árvore enfeitada de luzes de natal
ficou olhando aquela coisa iluminada
sentado na calçada com a garrafa em suas mãos
pensou que tivesse em outro país
começou a cantar em inglês uma velha canção
viu neve onde havia chuva fina
um cão perdido de rua era sua rena
adormeceu sorrindo
e de manhã já era natal
(republicado)
25 comentários:
nossa, como fazer bons poemas natalícios? é tu que sabes, mulher. e ainda com gostinho de bukowski que não sabe soletrar nome de compositor clássico. demais.
um cheiro. e tou indo à praia, com a sua flor, como depraxe.
Eu ia perguntar se você me espionou pra poder escrever. Mas daí eu lembrei que eu nunca pensei estar em outro país...
Abraços,
continue.
E não é preciso falar do belo, né?
A fé nos persegue: isto é um poema de fé.
Beijo.
Nossa, devaneios guiados pelo álcool... mas quando se quer sonhar, quaisquer coisas os guiam.
Lindo mesmo!
Beijos.
Que hermoso poema. muy lindo.. post.
Es un placer visitarte y disfrutar tu espacio..
Te dejo mis mejores vibraciones y deseos de paz y amor para estas fiestas navideñas y de año nuevo 2010...
Un abrazo
Saludos fraternos..
Oi Adriana, bonito texto poético que aponta uma visão lírica do natal daqueles que são menos privilegiados socialmente. Terno e singelo ! Bj.
Uma visão que salva e redime. ;)
Muito bom!
Beijos
porra, esse foi meu natal do ano passado. gostei. e o desenho é muito bom também. beijo.
Um texto natalino raro, porque consegue fugir do banal, do sentimentalismo e, também, da contestação inútil.
Parabéns, Adriana.
Gostei muito.
Ótima também a ilustração
Beijos
Minha querida poeta,são nossas bêbadas miragens poéticas,sublime! Uma maravilha de natal para você, beijo.
adriana,
há muito não vinha aqui...tava meio que sem tempo-= mas agora volto, para ler seus poemas-crônicas- tão dia-a-dia, tão idilicos como esse- esse bêbado,sonhando com luzes e estrelas de outros países- um natal que não exsite mais- lembreia-me dee música dos raimundos- Um infeliz natal- você dá uma pincelada lírica nessa dor-
não será aí o caminho da pasárgada?
abraços meus
danilo.
Em minha cidade, contam a história de um bêbado que adormeceu debaixo de um poste público, numa chuva de besouros. Sonhou que estaba dormindo debaixo de uma jaboticabeira. Abraços!
É bom demais passar aqui e ler eses comentários. Devido à falta de tempo, não agardeço um a um, mas li cada um com especial atenção. Obrigada a todos de verdade.
Danilo, que bom seu retorno.
onde se lê ese, leia-se esse.
onde se lê agardeço, leia-se agradeço.
Seu poema, Godoy, leva-me à reflexão de nossos sonhos e representações [natalinos?...].
Natal bom é aquele que a macro mídia nomeia como espírito natalino? Neve, árvore, presentes, renas, papai Noel & afins?...
Cadê a simbologia que envolve o nascimento de Jesus, a sua missão, em meio a todas essas coisas?...
Sim, por vezes penso que bom natal é o dos americanos... Boas são as festas que ilustran outros modos de vida e nos afasta da realidade...
Grande texto. Parabéns por seu pensar sensivelmente crítico, porquanto poético!
Beijos :)
H.F.
Corrigindo...
Boas são as festas que "ilustram"...
Beijos :)
H.F.
Dri Godoy,
Poema cheio de ternura.
Este personagem, ao seu modo, estava bem no espírito. Ainda que "cantasse em eslavo".
Beijos,
Marcelo.
Lindo Godoy!
Real, Atual e principalmente tua maneira de escrever o belo espírito de Natal!
Desejo a você um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de belos poemas como este.
Beijos
Mirse
drika, acho que essa versão de papai noel urbano está mais cerca da nossa realidade do que a gente imagina!!! genial!!
beijos e boas festas (se não nos falarmos ate la...)
Anita.
Dri querida
Trouxestes o Natal pra rua, para nossa rua! Ficou muito bonito!
Eu gosto muito deste teu jeitinho de poesiar: consegues trazer a poesia pra bem perto, quase posso tocá-la quando te leio.
É lindo, é muito tu!
E eu te vejo assim muito pão pão, queijo, queijo! Se estou errada me corrija, por favor!
Um Natal e um 2010 iluminados pra ti e todos os teus!
Bjão carinhoso
Dri,
essa foi de doer. e apesar de tudo, ainda é natal! bonito seu texto sobre uma outra visão de natal.
um beijo grande,
Cynthia
texto seu esse bom pra dialogar com. passa lá, tá? um beijão e obrigada por respirar poesia sempre.
Cynthia
Que beleza, Dri. Esse é o tipo do Natal que estava pensando hoje pela manhã. A chuva e toda sua melancolia. O cão... alegria, companhia. Este é o verdadeiro espírito do Natal... do Bucowski.
Beijos, alegrias e poesias.
E um feliz Natal" (meu e da turma do Eutanásia!)
Aliás, bem que você podia fazer parte do clã, hein?
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