arte: rascunho para tela/ rafael godoy
queria ser o que não fui
mas sou o passado
com o corpo podre e gasto
ainda gosto de abrir a janela
e sentir as manhãs frias de abril
me batendo na cara, nos cabelos
e ver meus gatos brincando no sol
ainda posso ouvir os stones
dylan miles tom e chico no sofá de casa
fumar o meu cigarro sem grilhões
e beber meu vinho sossegadamente
parece que o caminho para a morte
pode ser mais doce em dias como esses
com o corpo podre e gasto
ainda gosto de abrir a janela
e sentir as manhãs frias de abril
me batendo na cara, nos cabelos
e ver meus gatos brincando no sol
ainda posso ouvir os stones
dylan miles tom e chico no sofá de casa
fumar o meu cigarro sem grilhões
e beber meu vinho sossegadamente
parece que o caminho para a morte
pode ser mais doce em dias como esses
2 comentários:
Nem sempre estamos satisfeitas com nosso rumo e com nossas decisões. E ainda, como o ritmo a vida corre e pode passar tão rotineiramente despercebido, seguimos com as nossas mesmices sem novidades. E assim vamos e vamos.
Muito boa a poesia.
Como você tem a capacidade uma poesia tão linda falando das coisas rotineiras comuns e ao mesmo tempo falar da morte com tanta facilidade e com tanta doçura. Você escreve muito bem, menina! E como escreve!
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