quinta-feira, fevereiro 11, 2010

dome o medo

nanquim/marut

dome o medo
medonho medo
arrasta prende
gela acende

medo medonho
estanca fere paralisa
movimento inércia
liberdade prisão

medo de
barata bandido borboleta
formiga foda faísca
mar morte morcego
polícia puta palhaço
tortura tédio trabalho

dome o medo
dane-se o medo
medo mundano
medo maior de amar



39 comentários:

Marcelo Novaes disse...

Dri Godoy,



Dizia meu avô materno que os "ps" que estragavam o Brasil eram: padre, polícia, política e putaria. Vc incluiu medo até de palhaço!


Dome-se o medo!



Cavalgue-se o cavalo-de-vento!





Um beijo,









Marcelo.

lisa disse...

"Estamos com medo e esse estado é tão perigoso quanto estar ao lado de um animal selvagem e faminto. O medo é criador de barreiras, fronteiras, muralhas e escudos capazes de formarem sombras de nós mesmos. O medo diz: Não vá! Não siga! Não confie! Não fale! Não ouça! Ele é capaz de debochar de nossas caras medonhas: Enquanto tiveres comigo, não agirás sem meu consentimento! E por diversas vezes ele consegue nos convencer. Pois tudo o que está além do que pisamos é desconhecido, inesperado, obscuro e o conforto do que é certo é utilizado como argumento do Sr. Medo."

Renata de Aragão Lopes disse...

O medo existe
exatamente pra isso:

pra que sejamos
domadores! : )

Coragem!

Um beijo, querida!

Unknown disse...

A primeira estrofe diz: arrasta, prende, gela e ACENDE!

Não tenho medo de quase nada. Mas fiquei com medo desse ACENDE do seu medo!

Uma beleza de poema!

Dri querida!

Parabéns!

Beijos

Mirse

Fabio Rocha disse...

Dorme o medo de tudo, até o medo da morte... O de amar não.

Beijos

Furlan disse...

Como estão lindas as aliterações, as sínteses e as antíteses nestes versos!
Abraços de duas asas!

danilo disse...

dorme o medo
medra o medo
e se arremete
contra o que se ama.chama.clama
mas o amor é maior-romãa que colhe
fresca, como bagas de rubi
e arrebat5a os seres. e o medo é domado,
assim, quando o coração se dá
impunemente.

o medo é prá se domar, e seu poema é grito e desejo
abraços
danilo.

José Carlos Brandão disse...

Somos filhos do medo, Adriana. Por isso somos grandes: voamos sobre o abismo, menor que nós.
Beijo.

Anônimo disse...

Mesmo com tantos bichos-papões, quem nos pega mesmo de jeito são os bichos mansinhos com carinhas de anjo.

Legal essa voz, Adriana!

Beijos.

Vinícius Paes disse...

Nossos medos e anseios se confundem e nos afetam.
Um lindo poema, Adriana, e uma gravura de arrepiar, fantástica.

Beijo.

Isabel Estercita Lew disse...

Se der pra assassinar… mas como não dá, concordo, é melhor domar, ou seduzir, ou driblar, sei lá, fazer qualquer coisa, não é?
Você escreve de um jeito muito interessante e não há mas jeito, pensar., Isso é bom demais.
Viagem, tesão e mais

Estercita

Adriana Godoy disse...

Marcelo, dome e dane-se o medo! beijo.

Lisa, prazer sua visita. Obrigada por seu comentário tão especial. Beijo.


Renata, valeu! beijo.


Mirse, interesssante sua percepção. Beijo.

Fábio, é isso. Valeu, beijo.


Le Vautour, o poema saiu assim naturalmente. Obrigada e beijo.

Danilo, seu comentário sempre uma arte, um primor. beijo.

JC, sempre há poesia em suas palavras. Beijo.

Lara, é isso mesmo. Beijo.


Paes, adoro quando vem. O Rafa, meu filho, é o artista da imagem. Beijo.

Estercita, que bom que veio. estava sumida, né? Beijo.

BAR DO BARDO disse...

dê-me o demo

dê-mo

Joana Rabelo disse...

Impossível ler e não querer cantar.

Carlota Joaquina disse...

Ai q medo desse palhaço do Rafa!!!!
Tempos q não vinha aq: bom voltar.
Bj

Batom e poesias disse...

Medo de medo é pânico
Medo de amar, é trágico
nunca cômico.

Lindo poema, Adriana.
Me identifiquei muito.

Bom carnaval.
bjs

Rossana

vieira calado disse...

Dome-se o medo!

Bom fim de semana para si...

sem medos!

Adriana Riess Karnal disse...

Adriana xará,
Gostei do jogo de palavras do medo, dome e dane-se...isso dá um tom a mais no poema que na semântica já arrasa: medo de formiga, borboleta, foda...e por aí vai...agora, odeio palhaço, sabe? tenho um pouco de medo deles,rsarsrs

Úrsula Avner disse...

Querida Adriana,

poema muito expressivo e profundo em sua mensagem sobre o poder amplo e arrasador do medo. E quem não o tem ? Gostei do versejar ritmado com belo jogo de palavras... E mais uma vez a tela do seu filho se acoplou como luva ao poema. Parabéns ao conjunto da obra. Bj,

Úrsula

Evandro L. Mezadri disse...

Bela poesia, muito verdadeira e reflexiva.
Gostei do estilo.
Grande abraço e sucesso!

nina rizzi disse...

é, que se dane.
rsrs..

beijo, frô.

Wania disse...

Dri

Dome o medo
Antes que ele te tome
Eeeeta, sentimento que carcome!

Forte e verdadeira!
Esta poesia tem teu nome e sobrenome!!!


Bom carnaval, amiga!
Sem medo de ser feliz...
Bjs


PS: Este nankin do teu filho, fala por si!

sopro, vento, ventania disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
sopro, vento, ventania disse...

Esqueci de dizer, que desse seu poema, nasceu inspiração pra respirar. Obrigada! Bjs

pianistaboxeador21 disse...

Bem bonit e bem musical. Pelo ritmo lembrou-me o Bandeira. E pelo tema lembrou-me o Drummond dÓ Congresso internacional do medo. Mas era a Adriana, com o jeito de escrever da Adriana. Um jeito bonito.
Beijo

sopro, vento, ventania disse...

Vim e vi que o maior medo é o que faz calar, às vezes o meu ser; o medo de não-ser.
Dá-nesse medo um dane-se, mesmo.
Muito bom, Adriana. Poema terrivelmente bom, de dar medo.
Adorei!
Saudades de vir aqui, peço desculpas pela ausência. Tenho andado, também, ausente de mim. Fase. Medo de ser, que tá passando, tá indo, tá longe, foi!
Bjs. Cynthia

Érico Cordeiro disse...

Adriana,
engraçado como a vida inteira nós fugimos daquilo que nos dá medo. O bicho papão ainda está lá, ele só mudou de nome. Hoje pode se chamar ladrão, polícia, imposto de renda. Lembrando Drummond, "vamos de mãos dadas" - e aí o medo se esvai!
Valeu!

Talita Prates disse...

eu fiquei procurando pelo meu medo maior,
e o encontrei no último verso!

lindíssimo, Adriana!

Um bjo.

Sandra Sininho disse...

Sempre visito seu blog! Gosto muito! Beijos!

Léo Santos disse...

Medos, quem não os tem?
Contra eles quem não luta?
Porém, juro que medo não tenho;
Nem de foda, nem de puta!

hehe

Um abraço pra ti!

Adriana Godoy disse...

Oi, gente! Tinha postado um comentário a cada um de vocês, mas o blog deu pau!

Então, deixo aqui meu agradecimento a todos que por aqui passaram. É muito bom ter leitores como vocês tão atentos e carinhosos. Voltem sempre. São vocês os culpados. beijos

Rolando Palma disse...

Medo.

Nem sabes como detesteo essa palavra. Ou nem detesto, tenho medo dela, do que representa.

O medo pára a gente.
E eu não quero parar.
porque parar é morrer.

Tudo de bom para ti,
Rolando

tania não desista disse...

oi dri! e o medo ficou divertido...
o palhaço diminui a tensão!
tenho medos perdidos dentro de mim...desconheço-os...mas imagino que me habitem. há medos amigos...
já convivemos em harmonia!
pequenas doses de medo...também...
podem evitar males e audácias...
"um pêso e duas medidas"!é possível!
maravilhoso nanquim do rafa...duas técnicas de muita habilidade e emoção... danadinho o moço!
bjo nos dois
taniamariza

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Domar e viver... apesar... :)

Unknown disse...

Olá Adriana,

Visitei seu blogg,mim deparei com
esse poema,lembrei-me de um ser
qerido,falava-me do medo;
"O MEDO É O PRÓPRIO PENSAMENTO
NEGATIVO,PENSAMENTO EM SUA
MENTE".

Adorei,

abçs

Ana Lago.

Luciano Fraga disse...

Adriana,"eu tenho medo e medo anda por fora,medo anda por dentro do meu coração..." O medo maior é o de nós mesmos e nossas atitudes intempestivas e surpreendentes,mágico poema, beijo.

guru martins disse...

muito
boa!!

bj

guru martins disse...

muito
boa!!

bj

Joe_Brazuca disse...

medo...
que medo ?

que medo !

massa !
abs