estudo para aquarela/ rafael godoy
enquanto dormeum homem se atira do oitavo andar do prédio ao lado
e um cão perdido se estende ao sol no meio da rua
três carros capotam na estrada
e alguns pardais tomam banho na água suja
enquanto dorme
a chuva inunda uma cidade inteira
e ratos se escondem nas casas junto às pessoas desesperadas
e aparece uma flor no vaso da nossa janela
enquanto dorme
me deito ao seu lado
e olho para o seu rosto calmo e sereno
para o seu rosto calmo e sereno
38 comentários:
Dri Godoy,
Seja quem for Rafael Godoy [muito ligado a vc, naturalmente...], a ilustração está muito boa.
Alguém está calmo no meio disso tudo... Um instantâneo desses dias que correm/ voam/ afundam.
Um beijo.
Dri...
Que boa essa paz...
Beijo.
Oi, Marcelo,
O Rafael é meu filho e as ilustrações eu as "roubo" quando dá. Depois é que falo com ele.
O texto é um instantâneo mesmo, cenas docotidiano.
Obrigada pela presença. beijo.
Renata, obrigada , volte sempre.
Delícia de texto: o mundo lá fora, o mundo cá dentro...
Abraços de duas asas!
Lindo demais, Dri, achei um dos seus melhores. O que mais podemos querer na vida do que o rosto de um ser amado dormindo sereno ao lado, o mundo se explodindo lá fora?
Beijos
Maravilha, DRI!
Seu filho é DEZ!
O poema está tranquilo enquanto dorme, talvez num lençol de seda...quem sabe em águas turvas de um rio!
Beijos
Mirse
Le Vautour, delícia seu comentário. Beijo.
Fábio, fico muito feliz que tenha gostado tanto. Uau! Isso é muito bom. beijo.
Mirse, sua presença sempre tão carinhosa e atenta. Agradeço por mim e pelo Rafa. Beijo.
Marcos, a intenção era essa: ambiguidade. Quanto aos desenhos do Rafa, posso dizer que ele foi aluno algum tempo da escola de Belas Artes da UFMG e esses trabalhos que eu pinço são do arquivo dele que está no meu pc. Às vezes ele fica bravo, mas depois se conforma. Isso sim é laudatório. beijo.
Muito bom mesmo!!!O paralelismo das horas, pra uns desespero pra outros calmaria.
beijos
o fio da sua navalha disseca meus demônios
ai
ah
seu filho é maravilhosamente
(e fiquemos no advérbio)
Bela imagem e Belo poema!
Parábens por tudo que é Belo nesse teu blog!
Um abraço!
Márcia, quanto tempo. Que bom que apareceu. Obrigada pela presença tão querida. beijo.
Pimenta, meu filho....sem advérbios.hahaha.. adoro quando vc vem. beijo.
Léo, agradeço, beijo.
adriana,
foi esse cão aí que me mordeu anteontem - rs
bj
Minha querida poeta, um verdadeiro tapa na cara esse poema,tem muita gente dormindo em todos os sentidos...Maravilha de imagens do Rafael, beijo.
Pois é no ápice do sono que os sonhos acontecem, dentro de fora de nossas cabeças. Lindo poema, Adriana.
Beijos.
...como tu
é trágica,
mulher!!!
mas eu tbj
assim mesmo
lindo dri!
dormindo saimos momentâneamente do jogo perigoso do cotidiano.
se gozamos de paz ou não nos sonhos...é outra história!
um pouco de tranquilidade pra quem nos observa e deita ao nosso lado
...é bom!
bjo nosdois... artistas das letras e pincéis
taniamariza
Buenas, os cachorros estão soltos...beijo.
Marcos, tipo...
Luciano, é tão especial sua presença sempre. Beijo.
Paes, acho que sim. Obrigada e beijo.
Guru, eu, trágica? Faz parte. Beijo.
Tãnia, bonito seu comentário.Obrigada. Beijo.
Muito boa a ilustração do Rafael.
Lembra bem este nosso mundo conturbado... e, no entando, mantemos a serenidade - ou mantemos a serenidade ou enluquecemos, não?
Beijo.
Pra variar, Adriana, você me emocionou e fez calar tudo. Ficou tudo quieto ao meu redor.
E duas ou três lágrimas estão aqui, agora, exatamente agora, escorrendo pelo meu rosto (ladeira abaixo).
Depois de ler seu mundo lírico: muita coisa pra pensar e quase nada a dizer, só calar (e, talvez, rezar pro mundo se acalmar - e rezar junto pra tudo melhorar).
bj.
JC, em um momento enlouquecemos, em outro, ficamos mais serenos. É a dualidade sempre presente em nosso universo. beijo e obrigada.
Cynthia, sua sensibilidade sempre. Obrigada por sua presença tão carinhosa. beijo.
Uns dormem, outros nos deixam silentes, reflexivos... ;)
Beijos
E quando é que acordamos?
Um beijo, querida!
Lindo poema!
Lou, é isso, obrigada. Beijo
Renata, boa pergunta...valeu, beijo.
sua poesia é de adága e mel...
demais !
bj
Joe, quanta honra! Obrigada. Bj
muito bom, dá até um medo de dormir... ou de acordar.
o rosto calmo e sereno perdido(ou achado) em sonhos. o mundo lá fora gritando. dentro do quarto, um outro lugar fora do tempo e do espaço, o tempo parado.
beijão!!!
Olá,
Um olhar pode valer por uma
"VIDA INTEIRA",mesmo fezendo
isso todos os dias.
Muito bonito seu poema Adriana e a ilustração entâo...lindo d+.
Abçs
Ana Lago.
lá fora ouço o barulho dos insones.
belo poema! :)
Joe, Jéssica, Rafael, Ana, Lisa
Agradeço a presença de vocês. Isso me dá um enorme prazer. Beijos.
Joe, onde se lê Rafa,leia-se Adriana.
Adriana, achei que o poema ia tomar um rumo e ele tomou outro. Gosto muito de poemas assim, que "confundem" o leitor, pra se revelar inteiro e pleno, no final. Bom demais, beijos!
O trabalho do teu filho é bárbaro! Ache este, especialmente belo. Bjo.
Tocante!
Abraço!
Uma crítica, uma mera contatação?
Não importa.
O poema é lindo e passeia por onde quer, vendo tudo! A poesia é onipresente.
Adorei, Adriana
bjs
Rossana
Oi Adriana, você é mestra em retratar o cotidiano de forma poética. A tela do filhote é linda ! Bj com carinho.
Gostei de tua voz =)
Postar um comentário