sábado, outubro 24, 2009

atrás da árvore

aquarela/ paisagem/rafael godoy
você, amor, escondeu-se atrás da árvore
aquela que subíamos quando crianças

você disse que nunca cresceria
e como peter pan na terra do nunca
nunca me deixava sem o seu pó mágico

voávamos sobre as cidades
entrávamos por todas as janelas
ríamos e chorávamos indivisíveis

eu era sua fada e você meu encantador
inventávamos o mundo
para que ficássemos juntos

as suas mãos me ensinaram
as melhores brincadeiras

juramos amor eterno
e gravamos dois nomes
em um coração amarelo
no galho mais alto e escondido

agora te vejo, amor
atrás da árvore
atrás do que fomos
atrás do que perdemos


41 comentários:

BAR DO BARDO disse...

Bela canção de amor... Me lembrei do Bandeira. Beijo, Adriana!

(E o filhote mandando ver!)

Wilson Torres Nanini disse...

É um tapa com luva de pelica, um sussurro de quem está gemendo de dor... O aprendizado se faz nos momentos mais difíceis. Mas, a nós, eis de seu sorimento destilado, belo poema! Abraços!!!

Cosmunicando disse...

o amor ingênuo e a constatação do crescimento... linda a metáfora da árvore!
beijo

nina rizzi disse...

hm... eu queria a pureza das criancinhas. devemos parar de amar como as criancinhas, dri?

eu sinto com vc :s

aapayés disse...

Lindo tu poema.. atrás del árbol esta el amor que nos acaricia el alma..

Un abrazo
Saludos fraternos

Que tengas un buen fin de semana...

Lara Amaral disse...

Que delícia esse poema. Quase uma canção. Beijos!

José Carlos Brandão disse...

Que bela canção de amor, Adriana.
Vontade de ser criança outra vez.
Vontade de amar pela primeira vez.
Amar com aquela inocência primeira.

Um beijo.

Wania disse...

Adriana

As vezes, deixamos nossos sonhos de amor e tantas coisas que acreditávamos "atrás de árvores", mas eles sempre reaparecem cedo ou tarde!
Perder ou ganhar são consequências das nossas escolhas!

Muito lindo teu poema!


Bjs

Lou Vilela disse...

Fez-me lembrar:

Realidade desperta

Sábios olhos de criança
sob pálpebras adultas
jazem


Belíssimo, Dri!

Bjão

Adriana Godoy disse...

Bardo, você me alegra com sua presença e comentário. Beijo.


Wilson, lindas palavras. Bj


Cosmunicando, sempre boa a sua presença. Bj

Marcos, um pouco, talvez. Bj

Nina, acho difícil, mas dá vontade. Bj

Adolfo, agradeço sua presença. Bj

Lara, se vc gostou tá bom demais! Bj

JC, seu comentário vale o poema inteiro. Bj

Wânia, é difícil, mas possível, acredito. Agradeço sua apreciação. Bj

Lou, lindo o que escreveu. Valeu! Beijo.

Unknown disse...

Lindo Dri!

Mesmo que você tenha roubado meu super herói Petr Pan, a lincença poética deixa, quamdo se trata de poemas tristes assim.

Triste, mas maravilhoso!

Beijos

Mirse

Gustavo disse...

Doce Adriana,

Até que enfim beijando uma flor
(ao invés de uma mamadeira de cerveja)

Baci Mile


Gustavo

ps: isso, esse, é autobiográfico? não cnfio em nada que nõ seja mezzo, pelo menos, auto-biográfico...

Gustavo disse...

"a voz que a vós não fala"

Lisa Guanaira disse...

nossa caiu como uma luva pra mim.. amei

Renata de Aragão Lopes disse...

Nostalgia poética...
Que delícia...

Anônimo disse...

Tão romântica você, prinova...difícil te enxergar assim, mas tão bem descrito esse romantismo, que só me resta dizer que adorei ler isso que você escreveu!
Beijos, ô às vezes não falo nada, mas estou sempre por aqui, tá?
Andrea

Anita Mendes disse...

ai drika, vc tem essa coisa: nos leva pra dentro do poema ,nos faz apaixonar pelos personagens e numa linha ou uma palavra faz com que eles escapem das nossas mãos ... ai eles se vão... e o que resta é só melancolia:Adoro!!
lindo poema,drika! you nailed!
beijocas e mais beijocas com gosto de quero mais...
Anita.

~*Rebeca*~ disse...

O fim sempre fica por trás de tudo o que restou.

Beijo grande, menina linda.

Rebeca

-

Luciano Fraga disse...

Querida poeta, como regra básica da vida, tudo passa como num sonho de poesia,lindissimo, beijo.

Tomaz disse...

Melancolia e amor, este contraste se atenua com uma arvore na frente do oposto, escondendo o passado em lembranças...Gostei!

beijão.

Adriana Godoy disse...

Mirse, entendo...obrigada. Bj


Gustavo ou Papagaio Mudo,
também acredito nisso.

Quanto à foto, se vc reparar em uma das mãos há uma linda taça de cerveja no meio do jardim...

Gosto muito quando vem...Beijo.

Lisa, que bom que serviu pra alguma coisa...volte mais!

Renata, é isso mesmo. Beijos.

Andrea, ainda bem que gostou, né? Mas no fundo sou uma romântica inveterada...bom contar com sua leitura e carinho. Bj

Anita, seu comentário merece aplausos! Obrigada. beijo.


Rebeca e Jota Cê, às vezes, é mesmo. Valeu a presença doce de vocês. beijo.


Luciano, é o romantismo que às vezes aflora...tudo passa mesmo,ou quase tudo. Beijo.

Tomaz, gostei bastante deseu comentário. Valeu! Beijo.

sopro, vento, ventania disse...

ainda bem que há o eu lírico, incrível parceiro e porta-voz de nossas aventuras e desventuras.
adorei o poema. como nunca sei qual será a tônica de sua lira, abro seu blog e sou sempre surpreendida por você e sua escrita. muito bonito.
um beijo
Cynthia

byTONHO disse...


Lembrei de um desenho do Ziraldo...
.......................
Prova de Amor

ELE & ELA (João e Maria)
...olhando para o "♥" desenhado,
lá em cima, na árvore que cresceu...

ELA - Quanto tempo Joãozim?!...
ELE - Nem me fale, Maricotinha!
...............................................

Coisa rara hoje em dia!

Gostei do teu "desenho" que se perdeu...
Beij♥s!

Adriana Godoy disse...

Cynthia, mais uma vez seu comentário muito me envaidece. Beijo.

Marcos, pra isso tem hoje o exame do DNA...na dúvida, antes, podia até ser...


Tonho, uma delicadeza seu comentário. Beijo.

Ígor Andrade disse...

Quadro bonito, texto bonito!
Abraço, Adriana!

Fred Matos disse...

Me identifico muito com a sua voz, Adriana.
Como sempre bela a aquarela do Rafael.
Parabéns aos dois
Beijos

romério rômulo disse...

adriana:
acompanho.
romério

Adriana Godoy disse...

Igor, bom que veio. Bj

Fred, fico feliz com suas palavras. Beijo.

Romério, prazer saber disso. bj

Ricardo Laf disse...

Quanta delicadeza e contundência simultâneas. Você consegue combinar isso que aparentemente pode ser contraditório. Belo e delicioso.

Saudações!
Ricardo.

Adriana Godoy disse...

Ricardo, agradeço sua visita e comentário. Volte sempre.

pianistaboxeador21 disse...

Eu já tinha lido antes, mas só agora comento e devo dizer que achei bárbaro. Tem o tipo de lirismo ingênuo de que eu gosto e a infância e adolescencia tb são temas de que gosto de tratar. fantástico.
beijo

cristinasiqueira disse...

Lindo coração amarelo de quem inventava o mundo.

Belo!

Com carinho,

Cris



www.cristinasiqueira.blogspot.com

danilo disse...

adriana,
e agora- o que fazer com os cacos? vamos juntá-los, para buscar a redençáo- sempre há esperança apesar de?
bela canção de amor e desdamor- nossa triste condição!

Adriana Godoy disse...

Danilo, senti sua falta. Bj

guru martins disse...

...bom,
ficaram,
pelo menos,
as reminiscências...

bj

Talita Prates disse...

A árvore idílica...

Lindo, Dri!

Bjo grande.

Vinícius Paes disse...

Adriana, seus poemas são de uma grandiosidade única. Muitos deles me lembram Ginsberg, outros me remetem a Bukowski e outros ainda, como este, me faz lembrar de Vinícius. O amor, a intensidade, a dor, a perda, a saudade (menos dolorida, mais nostálgica). Acho que é isso. Gostei mesmo.

Beijos.

Rounds disse...

adriana,

viajei no tempo com essa poesia sublime, pura e encantadora.

bj

Marcia Barbieri disse...

Tem um toquede ingenuidade fantástico,própria de quem ainda consegue guardar a infancia apesar doas anos.

beijos

Marcia Barbieri disse...

Tem um toquede ingenuidade fantástico,própria de quem ainda consegue guardar a infancia apesar doas anos.

beijos

Adriana Godoy disse...

A todos a quem não agradeci, muito obrigada. Gosto muito quando vêm. Beijo.