quando o medo criou raízes
e me plantou em casa
me nocauteando com suas mãos frias
tinha um anjo bêbado de asas negras
no sofá branco da sala
sorria e ouvia Dylan
entendia cada palavra
me oferecia uísque de terras distantes geladas
e eu ali estátua branca enebriada
o anjo bêbado de asas negras
perdido em seus caminhos
parou ali em minha casa
e ouvia Dylan de olhos fechados
no sofá branco da sala
quando o medo criou raízes
fiquei debaixo de suas asas
Dylan tocava gaita
e por um instante nesse instante
os sonhos não tinham medo
27 comentários:
Só mesmo ouvindo Dylan para os sonhos perderem seus medos. Adorei!!!
beijos ternos
Lindíssimo Adriana! Medo. Anjos de asas negras, sofás brancas e Dylan... ah! Dylan tocando gaita.
Acertou outra vez.
Parabéns,
Força, fé e beijos,
Daniel
embora não compreenda todas as referências, visto que dylan não me domine muito o espírito, gostei do acasalamento blues entre o anjo bêbado de asas negras e a estátua branca enebriada. me senti dentro de um storyboard para lá de sinistro... senti um pouco de medo... e uma angústia indefinível.
Que poema maravilhoso, disse tudo que temos por dizer, medos...Dylan.Lembrei-me de um amigo que tomou umas doses extras da "fada verde" e encontrou os cavaleiros do apocalipse no sofá de casa.
Márcia, Daniel, Pimenta, Luciano, é bom saber que vocês existem e que leem meus escritos. Dá uma alimentada na minha alma. Obrigada. Beijos.
augusto dos anjos no seu sofá
branco medo apagado.
belo!
Mas o seu é muito melhor que o meu, mesmo.
Gostei muito.
Beijos
Querida amiga,não seja por isso,sua alma jamais morrerá de fome, abraço.
Quem não para pra ouvir Dylan?!?
Visitando seu espaço, gostei demais!
bom fim de semana pra vc,
bjos.
Luciano, você tem alma de poeta e age como um gentleman! Obrigada de verdade.
Camila, adorei seu comentário, como sempre, original.
Branca, obrigada pela visita.
Fred, é uma outra perspectiva apenas. Valeu.
Beijos.
Olá Adriana,
lindo poema, amei! Se musicado seria uma "bela-balada-blues", creio eu!
Beijos, querida!
H.F.
Oi, Hercília,gostei da idéia da balada-blues. Obrigada.
Ouvir Dylan é bebÊ-lo, não há medos no blues,há palavras na tristeza.
anndixson.blogspot.com
Há um convite para você no meu blogue.
Beijo!
- Pimenta
Bom domingo porcê tb. Querida!
Abraço,
Daniel
Não existe pânico que Dylan não dê conta de espantar. Bom mesmo.
Oi Adriana, infelizmente eu não tenho o e-mail do Ronaldo.
Mas te desejo boa sorte e um bom começo de semana procê tb.
Beijos,
Daniel
Bom, acabei de ler pela primeira vez o seu blog, ou parte dele... e confesso que gostei muito do que vi por aqui, me identifico muito !
Já tinha lido texto seu no Poema Dia, mas aqui da pra ver que tem mais talento do que pensava !
Deixo um convite pra fazer uma leitura nos meus devaneios http://infernolirico.blogspot.com
Beijos.
Tive a impressão de ter lido algo seu lá, mas devem ter sido os comentários... é que alguns comentários também parecem embutir as poesias..hehehe mas de qualquer forma, sempre vou dar uma passada aqui, quando tiver tempo sinta-se a vontade para ler minhas viagens..ehehe
Beijao.
Continuo adorando seus poemas, Dri! Ainda mais agora com Dylan... Bjs.
De prima!
do caralho!
belo poema.
bj
Adriana, muito obrigado pelos comentários generosos. Vc me deixa lisonjeado.
Beijos,
Daniel
...bendito seja
o delírio!!!!!!
bj
No embalo do seu verso - the answer, my friend is blowing sob as asas dessa vertigem. Ah! Anjos assim protegem lindezas como esta.
"quando o medo criou raízes
e me plantou em casa"
adoraria partir daí
e escrever a minha versão! (risos)
a sua é ótima!!!
Por que não? Se fizer isso me comunique. Obrigada pela visita e comentário.Volte mais.
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