vivo a noite
sou a noite escura fria sedenta
se lua me encolho em sua sombra
se chuva me afogo em poesia
quando as luzes da cidade acendem
as pessoas nos bares ou voltando pra casa
saio em busca de meus pedaços jogados
nas esquinas e nos becos
sou os gatos
que rondam as mesas dos bares
em busca dos restos de comida
os bêbados em sua solidão mascarada
as putas atrás de seus homens perdidos
a noite sou eu a música
os ratos despercebidos e cinzas
os pássaros noturnos e silenciosos
a noite sou eu sem lua
sou a noite escura fria sedenta
se lua me encolho em sua sombra
se chuva me afogo em poesia
quando as luzes da cidade acendem
as pessoas nos bares ou voltando pra casa
saio em busca de meus pedaços jogados
nas esquinas e nos becos
sou os gatos
que rondam as mesas dos bares
em busca dos restos de comida
os bêbados em sua solidão mascarada
as putas atrás de seus homens perdidos
a noite sou eu a música
os ratos despercebidos e cinzas
os pássaros noturnos e silenciosos
a noite sou eu sem lua
26 comentários:
sua noite é um açoite...
anda!
amanhece!
bjos
Gus.
a noite é um azougue,
beijo
Aê goodoi,tinha quer ter vc no meio dos bares,becos e claro as esquinas,kkkkkkkkkkkkkk!
pô cara,vc no vive sem issi não è??
adriana,
esse seu poema bateu em mim como um sentimento mútuo: tenho andado assim:noite escura, breu, sem vislumbres- a penumbra virou breu- e essa sua noite poetizada traz essa sensação de torpor, de peso de séculos, de angústia e sentimentos de perdas e pesos...
lindo, apesar da dor.
e obrigado pelos comentários generosos na minha atipoesia... quando vc. não vai lá, seinto falta, sabia?
grande abraço.
Danilo.
↓
A no.it.e tem seus charmes e encantos...!
:o)
Talvez eu me repita, ALIÁS SEI QUE ME REPITO, mas não consigo me desvencilhar da noite, dos bares, dos becos...as esquinas fazem parte de mim.
Bom ler esses comentários.
Tenho tido pouco tempo e me ausentado dos blogs que já fazem parte da minha história. Circunstancial.
Beijos
Oi Adriana, as noites, os bares, as esquinas ( de BH e mais além ) fazem parte de você, estão nas suas entranhas e adentram sua poesia em cada verso... Bonito poema ! Bj.
... mas brilha a estrela da sua poesia.
Beijo.
É isso aí...muito bom...a noite já é algo que atrai, do jeito que vc colocou, nem o sol vai querer sair...rsrs
[]s
a noite, uhuhuh
Bom demais ler essa sua poesia inconfundível!
Beijo.
Querida poeta, inconfundível estilo, rasgado e existencial, nas noites, no escuro, muitas vezes nos vem os mais claros pensamentos, os mais belos poemas, como este, corajosamente visceral, beijo.
...mas nem por isso
menos iluminada...
bj
DRI!
A noite e você, duas grandes companheiras, que brilham dentro de nós.
Beijos
Mirze
Essa poesia só podia ser tua. É "muito" você, Adriana.
Gostei muito. Gosto muito da tua força - sem lua, talvez - mas real.
Beijo,
Talita
História da minha alma
Você é uma entidade - no extremo limite humano.
Viva!
Dri
A poesia é a lua das tuas noites!
Bjs
"Afinal era noite" escrevi esse poema há quase 2 anos, durante minhas sessões noiterapia.
Como nesse brilhante poema, querida Adriana, hoje mais e mais receio a luz do dia.
Forte abraço.
A noite está dentro de ti... e a lua espera lá fora pela noite, porque se a engolisses o seu luar acabava com a noite...
Excelente poema, gostei imenso.
Beijinhos.
adentro a madrugada
com passos de felino
leitura não-linear da própria Vida
Dri,
o poema tem, de fato, a sua cara!
"saio em busca
de meus pedaços jogados
nas esquinas e nos becos"
Beijo,
Doce de Lira
"a noite sou eu, sem lua". e eu gosto, tanto, Adriana. Espero um dia ser noite, também. Tava sentindo falta disso.
beijos.
Na noite, todas as emoções são mais intensas!...
Beijos meus!
AL
O seu blog é fantástico! Ainda não consegui formar uma opinião completa sobre si... Ainda não li tudo, mas do que li, está óptimo!!! Muitos parabéns e, obrigado por partilhar connosco a sua arte!
Adorei este verso, "a noite sou eu sem lua".
Atenciosamente,
Carlos Leite, http://opintordesonhos.blogspot.com
Dri, tou numa fase noturna também, e seu poema conversou com esse algo escuro em mim. Tragada por este buraco negro - o poema da noite. Lindão!
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