Havia 25 milhões de estrelas aquela noite. Foi o que consegui contar.
Apertava meus olhos com força para ver se não estava imaginando coisas.
Mas não adiantava. Elas se mexiam. Na minha visão míope pareciam
bailarinas ensandecidas. Era como dançassem uma dança meio
triste, meio azul. As estrelas falavam. O Bilac não saía de minha
cabeça: " Ora direis ouvir estrelas, certo perdeste o senso"... E eu as
ouvia sim, nitidamente, intimamente. E com medo de mim, fechei a janela.
Mas pela fresta, ainda percebia um movimento silencioso daqueles olhos
brilhantes, daqueles milhões de olhos brilhantes me olhando.
2 comentários:
dri,
lindo, como smpre... lírico, como nunca
é, os olho do infinito nos espreitam
e não olhos de alienigenas...
acho que os olhos interioresz, os milhões de olhos de nós mesmos, ocultos sob camadas e camadas de carne, cérebro, musculos, nervos
e zilhões de pré-concdeitos, de tantos anos de formação pseudo espiritualizada. obserrvam-nos, trancam-nos,
trincam-nos e querem nos dirigir...
por isso é preciso esta\r quieto,com os olhs abertios e o co9ração tranquilo, semrpre...
abraços
Dan
↓
"Ora direis...
que entre tê-las ou não,
que entretenhas todas elas!"
Por ora... dito!
:o)
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