Não me surpreende
que a alma tenha deixado o meu corpo.
Surpreende-me, sim
a insistência de permanecer existindo.
segunda-feira, maio 28, 2007
segunda-feira, maio 21, 2007
Martin Oliver- Final
Assim cresceu Simião Bozz
A barba cobria-lhe o rosto
Sua voz engrossara e seu corpo
tornou-se forte, coberto de pêlos
Não se lembrava do último dia
que estivera em sua casa
Vagas lembranças de seus tios,
primos, vizinhos e de seu tutor.
Fazia exatamente 893 dias que havia partido
Em busca de seu pai
E um dia, exausto, nas terras quentes
Simião dormiu e sonhou.
Ao abrir os olhos, só uma enorme escuridão
A noite que chegara
E pela primeira vez sentiu medo
Cheirou a escuridão, pegou a noite,
sentiu o vento frio no rosto
E chorou.
Chorou por todos aqueles dias
Que havia andado só.
Chorou por sua mãe, Norma Bozz
Que não conhecera
Chorou por ver a noite e o seu manto imenso
Então olhou para o céu e viu
um planeta brilhando com uma enorme sombra
O planeta em que seu pai estaria
E do céu caíram gotas fortes de água sobre o seu corpo
Era a chuva e a água tinha gosto de terra
Era clara e limpa
Ele brincou com a água
Deitou e rolou na terra
Lambuzou-se de lama
E deixou que a água limpasse o seu corpo
E a sua alma
E quando estava assim, sorrindo,
Pela primeira vez em 893 dias
E apenas uma noite, essa
Viu uma figura se aproximando
Montada em um cavalo enorme
De crinas longas
E Simião então viu
Viu pela primeira vez o seu pai
Martin Oliver
E sorriu, como o fez seu pai
E juntos caminharam rumo à sua terra
Rumo à sua gente
Ollharam ambos para o céu
E o planeta estava mais brilhante
Sem sombra alguma
E chegaram a seu lar
O povo na rua festejava
Bebendo chuva e olhando o céu
E os dois: pai e filho anunciaram em alto e bom som:
"Daqui em diante, para todos os dias haverá uma noite"
Sentaram-se na varanda e mais uma vez
Olharam o céu e para aquele planeta brilhante
E um cheiro de rosas inundou aquele momento.
A barba cobria-lhe o rosto
Sua voz engrossara e seu corpo
tornou-se forte, coberto de pêlos
Não se lembrava do último dia
que estivera em sua casa
Vagas lembranças de seus tios,
primos, vizinhos e de seu tutor.
Fazia exatamente 893 dias que havia partido
Em busca de seu pai
E um dia, exausto, nas terras quentes
Simião dormiu e sonhou.
Ao abrir os olhos, só uma enorme escuridão
A noite que chegara
E pela primeira vez sentiu medo
Cheirou a escuridão, pegou a noite,
sentiu o vento frio no rosto
E chorou.
Chorou por todos aqueles dias
Que havia andado só.
Chorou por sua mãe, Norma Bozz
Que não conhecera
Chorou por ver a noite e o seu manto imenso
Então olhou para o céu e viu
um planeta brilhando com uma enorme sombra
O planeta em que seu pai estaria
E do céu caíram gotas fortes de água sobre o seu corpo
Era a chuva e a água tinha gosto de terra
Era clara e limpa
Ele brincou com a água
Deitou e rolou na terra
Lambuzou-se de lama
E deixou que a água limpasse o seu corpo
E a sua alma
E quando estava assim, sorrindo,
Pela primeira vez em 893 dias
E apenas uma noite, essa
Viu uma figura se aproximando
Montada em um cavalo enorme
De crinas longas
E Simião então viu
Viu pela primeira vez o seu pai
Martin Oliver
E sorriu, como o fez seu pai
E juntos caminharam rumo à sua terra
Rumo à sua gente
Ollharam ambos para o céu
E o planeta estava mais brilhante
Sem sombra alguma
E chegaram a seu lar
O povo na rua festejava
Bebendo chuva e olhando o céu
E os dois: pai e filho anunciaram em alto e bom som:
"Daqui em diante, para todos os dias haverá uma noite"
Sentaram-se na varanda e mais uma vez
Olharam o céu e para aquele planeta brilhante
E um cheiro de rosas inundou aquele momento.
sexta-feira, maio 18, 2007
Martin Oliver III
E assim nasceu Simião Bozz
Do emaranhado cabelos dourados de sua mãe
E com as pequenas mãos
Abria espaço entre os fios
Precisava sair dali.
E quando chegaram os que dele cuidariam
O menino perguntou:
Onde está meu pai?
E aí, reuniram-se todos em volta de Simião
E contaram a história de seu pai, Martin Oliver
Falavam também que desde a sua partida
Nunca mais houve uma única noite no planeta
E amaldiçoados estavam todos daquele terra
E que esperavam, mas Martin Oliver
Nunca mais aparecera
E então, Simião Bozz,
Com descendência paterna dos faraós
E norueguesa, do lado materno
Elevou os olhos para onde
Possivelmente estaria o planeta
Com a sua eterna sombra,
Gritou com toda sua força
Para que todos pudessem ouvi-lo:
" Vou em busca de meu pai".
Do emaranhado cabelos dourados de sua mãe
E com as pequenas mãos
Abria espaço entre os fios
Precisava sair dali.
E quando chegaram os que dele cuidariam
O menino perguntou:
Onde está meu pai?
E aí, reuniram-se todos em volta de Simião
E contaram a história de seu pai, Martin Oliver
Falavam também que desde a sua partida
Nunca mais houve uma única noite no planeta
E amaldiçoados estavam todos daquele terra
E que esperavam, mas Martin Oliver
Nunca mais aparecera
E então, Simião Bozz,
Com descendência paterna dos faraós
E norueguesa, do lado materno
Elevou os olhos para onde
Possivelmente estaria o planeta
Com a sua eterna sombra,
Gritou com toda sua força
Para que todos pudessem ouvi-lo:
" Vou em busca de meu pai".
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