não quero desculpas para mim ou para o que fiz
entendo que ficar em silêncio seria o melhor caminho
que engolir todos os desatinos que me disse seria mais fácil
e ficar quieta como muitas vezes fiquei me daria mais conforto
mas não foi o que aconteceu
cuspi maribondos e lagartas
soltei todos os demônios presos na alma
atravessei os rios e desertos mais gelados de mim
estradas áridas e intermináveis
atravessei os rios e desertos mais gelados de mim
estradas áridas e intermináveis
senti o calor do inferno bem perto e não fugi
dessa vez não
dessa vez não
então veio a noite e a solidão.
veio o vento e os sons inaudíveis do silêncio
12 comentários:
Que lirismo, Godoy!
De arrepiar!
Belo, intenso, verdadeiro.
Beijos,
H.F.
se foi, foi vivido, e o silêncio mira a paisagem do que ainda virá,
beijo
[soube a tempestade ser um tempo para a bonança.
pulsa a palavra, revolve o corpo
que a recolhe; o envolvente silêncio.]
um imenso abraço, Adriana
Leonardo B.
HF, brigada demais! beijo
Assis, o eu-lírico(detesto isso) diz que sim. Beijo
Leonardo B, tanto lirismo, tanta poesia...beijo
Marcos, terrivelmente em paz. Beijo
...soltastes
os bichos!!!
bj
a paz assume suas vestes de nudez
pois
bom texto
Guru, e que bichos! Beijo
Bardinho, gosto quando vem. Beijo
A paz pode ser terrível: acabo de pensar...
Viajo nas suas reflexões.
Beijo,
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